terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Dama da Noite

Invade, Dama da Noite!
Embala com seu perfume
Entre sonhos e deleite
Nesse quarto já sem lume.

De você, santa, que espero?
Quem sabe um beijo longo.
Não, estou em desespero
Lá vem o fim, som do gongo.

Miro o breu rapidamente,
para, na ausência, constatar: 
o frescor está na mente.

Para sentir o exalar,
Nado na contracorrente.
Lá se vai o sonho estelar.

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